segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Sem Destino

Sem Destino é um filme que, junto com outros filmes, lançou toda uma era em Hollywood. Ele é cheio de cenas icônicas, frases definidoras e uma trilha sonora marcante.

Tudo isso misturado com uma visão de mundo inovadora na época, os ideais hippie, e um estilo de produção, filmagem e edição europeus, o filme começou uma era de certa liberdade criativa em Hollywood que gerou vários outros clássicos da década de 70.

Particularmente, achei um filme bem atraente ao perceber se tratar de um filme de caubóis modernos, nos seus garanhões de aço, atravessando os EUA em busca de viver uma vida tranquila após juntarem grana o suficiente para se aposentarem vendendo drogas.

Os personagens são bem interessantes, com destaque para o Wyatt “Capitão América” e para George Hanson.

O segundo, personagem de Jack Nicholson, a meu ver, representa a falência do status quo americano da época, dos caretas e suas vidas monótonas, sem sentido de mortos-vivos. Ao mesmo tempo, ele parece querer sair deste limbo para viver uma “vida de cores” ao lado dos dois cavaleiros andarilhos. Nicholson dá um show de interpretação ajudado pelas ótimas falas do roteiro que cabiam ao seu personagem.

Peter Fonda interpreta o icônico Capitão América. Ele é o novo homem ideal americano. Continua loiro, alto, queixo quadrado com covinhas e sorriso encantador. Ao mesmo tempo, é o novo caubói dos novos tempos: presa pela liberdade, não se envolve em confusão e quer viver a vida plenamente.

E o final alucinatório em Nova Orleans seguido de um fim brusco e violento, creio que mostra o momento porque passavam os jovens nos EUA, da expansão da consciência através das drogas e da reação dos caretas aos novos tempos.

Na minha opinião, os filmes têm que ser visto com uma certa contextualização, de saber um pouco sobre o momento em que foi feito. Levando isso em consideração, é bem fácil perceber como esse filme revolucionou o modo como Hollywood fez cinema na década de 70.

Enfim, eu “comprei” o filme e realmente quis montar no meu garanhão de aço e dirigir em direção ao pôr do sol, Sem Destino.


Sem Destino [Easy Rider]
EUA – 1969
Diretor: Dennis Hopper                                       Roteiro: Peter Fonda, Dennis Hopper e Terry Southern
Atores: Peter Fonda [Wyatt “Capitão América”], Dennis Hopper [Billy], Jack Nicholson [George Hanson].
Sinopse: Após adquirirem autonomia financeira com uma venda de drogas, dois amigos motoqueiros decidem atravessar o sul dos EUA para conhecerem o Mardi Gras em Nova Orleans. Conforme avançam em direção ao leste, passam por comunas hippies em direção a cidades ultra-conservadoras.

O youtube não permitiu incorporar o trailer por solicitação dos donos do filme. Segue o link para vê-lo no youtube.

sábado, 26 de setembro de 2009

Caçadores de Emoção


Embora esteja muito atrasado para isso, acho que ainda vale a intenção de fazer uma homenagem ao Patrick. De todos os filmes que eu já assisti dele, esse eu acho que é o que eu mais gostei.

Caçadores de Emoção é uma filme que tem um argumento muito batido: policial recém-saído da academia se infiltra em uma possível gangue de ladrões de bancos para poder desmascará-los e prender a todos. No meio da história, ele se apaixona por uma menina do grupo e fica fascinado pelo líder da gangue, entrando em dúvidas quanto à sua lealdade.

Passado isso, eu lembro que na época me fascinou muito essa cultura surfista californiana, de viver pelo prazer e pela aventura. Você até consegue se identificar com os motivos do grupo para realizar os roubos. São pessoas más? Não, só vivem ao largo da sociedade.

Enfim, apesar das interpretações “marcantes” de Keanu “Bill e Ted” Reeves e de Gary Busey, o Patrick leva o filme nas costas e faz com que você também se renda à filosofia do carismático líder da tribo, Bodhi.

Não é o filme da minha vida, mas eu diria que é um filme que marcou bem a minha adolescência. Mais um na lista dos filmes despretensiosos que te conquistam.

Caçadores de Emoção [Point Break]
Japão/EUA – 1991
Diretor: Kathryn Bigelow                                       Roteiro: Rick King e W. Peter Iliff
Atores: Patrick Swayze [Bodhi], Keanu Reeves [Johnny Utah], Gary Busey [Pappas], Lori Petty [Tyler].
Sinopse: Policial recém-formado na academia se infiltra em uma tribo de surfistas californiano a fim de desbaratar gangue de assaltantes de bancos.


quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Ligeiramente Grávidos

Este era um filme que eu achei que fosse da categoria “filme ruim, mas bom”. Mas me surpreendi com ele. É muito bom!

Eu não devia ter me surpreendido tanto, já que foi feito pelo mesmo pessoal que fez Virgem de 40 Anos, Superbad, entre outros. É um humor totalmente adulto, muitas vezes agressivo, mas de um senso de humor muito bom e com tiradas magníficas.

Os atores são todos os mesmos e meio que fazem uns personagens parecidos. É como se todos os filmes tivessem uma coerência entre si nos personagens dos atores. São todos nerds meio loosers no cio e que falam muito palavrão. Nesse filme, fora o protagonista, eles não se deram ao trabalho nem de dar nome aos personagens da trupe – todos levam os nomes dos próprios atores.

O único se destaca neste sentido – que eu me lembre agora – é o Seth Rogen. ele e o Steve Carrel, pra mim, são os melhore satores de comédia em muito tempo.

Neste filme, ele interpreta um nerd looser no cio e que fala muito palavrão que pega a fenomenal Katherine Heigl, a loira espetaculosa de Grey’s Anathomy, e tem um filho com ela. Eles decidem ter o bebê e precisam se conhecer para ver se podem continuar juntos.

Apesar de ser uma comédia romântica [a Katherine Heigl parece que só sabe fazer isso – quer ser a nova Meg Ryan], ela não é óbvia, não é cheia dos clichês, os personagens são bem construídos e há umas sacadas geniais no meio da história.

Ligeiramente Grávidos [Knocked Up]
EUA – 2007
Diretor e roteiro: Judd Apatow
Atores: Seth Rogen [Ben Stone], Katherine Heigl [Alison Scott], Paul Rudd [Pete], Leslie Mann [Debbie], Jason Segel [Jason], Jay Baruchel [Jay], Jonah Hill [Jonah], Martin Starr [Martin].
Sinopse: Depois de um “one night stand”, mulher em ascenção na carreira fica grávida e decide ter o filho. Ela busca seu co-autor no crime para que, juntos, se conheçam e se preparem para o filho. Mas será que pessoas tão diferentes podem [ou devem] mudar para poderem ficar juntas?

domingo, 23 de agosto de 2009

Albergue Espanhol


Bom, não é a primeira vez que assisto a esse filme – e provavelmente não será a última. Mesmo assim, devo dizer que fui levemente envolvido na trama aos poucos como se fosse da primeira vez. Filme bom para mim é isso: atemporal e pronto para ser assistido quantas vezes forem desejadas.

É claro que, neste exato momento, há um tom de identificação nessa história de intercâmbio. Mas a história é bem contada, os personagens são cativantes e você não consegue deixar de torcer por eles. Então, não acho que seja apenas uma questão de momento, mas sim mérito do próprio filme.

A vantagem de ter voltado a assistir um mesmo filme é que você pode se focar nos detalhes da trama, dos personagens, da câmera – sei lá, nos detalhes. Então, dessa vez, prestei atenção ao ator principal, que tem uma cara meio que de deficiente mental às vezes, mas que faz você “comprar” sua história. Pude prestar atenção em Barcelona, como é fantástica essa cidade e como quero muito voltar lá algum dia. E tentei dar uma atenção especial a cada um dos integrantes do albergue – são muitos, mas cada um tem sua personalidade de acordo com seu país destacada de forma sutil mas efetiva.

Assim sendo, enquadro este filme na categoria das produções despretenciosas que pegam você de surpresa e te deixam “apaixonadinho” por ele. Não é o filme da minha vida, mas eu adoro assisti-lo como se fosse minha “sessão da tarde” particular.


Albergue Espanhol [L'Auberge Espagnole]
França – 2002
Diretor e roteiro: Cédric Klapisch
Atores: Romain Duris [Xavier], Judith Godrèche [Anne-Sophie], Audrey Tautou [Martine], Kelly Reilly [Wendy], Cécile De France [Isabelle], Cristina Brondo [Soledad], Federico D’Anna [Alessandro], Barnaby Metschurat [Tobias], Christian Pagh [Lars], Kevin Bishop [William].
Sinopse: Universitário francês decide passar um ano de intercâmbio de especialização em Barcelona. Em um país diferente, sem falar direito a língua e sem conhecer ninguém, ele divide um apartamento com outros universitários de toda a Europa e se descobre como pessoa.